Patrocinadores do ataque podem responder por associação criminosa, diz ministro

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Agência Assembleia
11/01/2023 13h54 - Atualizado em 11/01/2023 13h59

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, os órgãos responsáveis pela investigação do ataque às sedes dos Três Poderes, no último domingo (8), já identificaram alguns financiadores da ação que resultou na depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dino afirmou a jornalistas na cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, nesta terça-feira (10) que a investigação continua em curso e que terá muitos desdobramentos. “Já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo em relação aos ônibus que trouxeram os participantes dos atos à capital federal. Os que organizaram o transporte, que contrataram os veículos. Estas pessoas já estão todas identificadas”, disse.

Sem fornecer mais detalhes sobre as pessoas já identificadas, Dino informou que, entre os financiadores, há desde pequenos comerciantes até empresários do agronegócio e indivíduos ligados a colecionadores, atiradores desportivos e caçadores.

Fonte: Agência Brasil

“Não é possível identificar um único segmento. O que posso afirmar é que a investigação está em curso e já foram feitas as primeiras individualizações e, com isso, haverá prosseguimento a aplicação das sanções previstas em lei”, acrescentou o ministro.

Ainda de acordo com o ministro, os primeiros financiadores identificados estão espalhados por dez unidades federativas e poderão responder por associação criminosa e prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito, tentando destituir um governo legitimamente eleito, entre outros delitos previstos no Código Penal brasileiro.

“Todas as pessoas estavam ali com este propósito: invadir, depredar, sitiar, depor o governo. Basta ver o slogan da manifestação. Logo, não há nenhuma dificuldade de apontar as responsabilidades individualizadas”, afirmou Dino.

Segunda-feira (9), o Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal desocuparam a área em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Centenas de pessoas que não aceitam o resultado das eleições estavam acampadas no local desde os primeiros dias de novembro de 2022.

 “Tivemos a apreensão de aproximadamente 1,5 mil pessoas, mas agora estamos tratando das individualizações. Trata-se da maior operação de polícia judiciária da história do Brasil, mas não se trata de uma prisão em massa. É preciso identificar cada pessoa e o que ela fez. Temos equipes trabalhando nisso, fazendo as oitivas, lavrando autos de apreensão e de prisão em flagrante. Além disso, houve algumas situações humanitárias que foram solucionadas ontem mesmo. Nossa expectativa é que, ainda hoje, à noite, tenhamos um número definitivo”, concluiu o ministro Justiça e Segurança Pública.

 


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