Aprovado projeto de Ricardo Arruda que concede Medalha “Manuel Beckman” a Sônia Guajajara

O parlamentar destaca a trajetória da ministra maranhense como uma pessoa que venceu por meio do estudo. Data para entrega da maior honraria concedida pela Casa do Povo ainda será definida

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Agência Assembleia
11/04/2023 16h33 - Atualizado em 14/04/2023 12h56

Aprovado projeto de Ricardo Arruda que concede Medalha “Manuel Beckman” a Sônia Guajajara
Ricardo Arruda é autor de projeto que concede a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman” à ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara | Divulgação
Foto original

O plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, nesta terça-feira (11), em segundo turno, Projeto de Resolução Legislativa de autoria do deputado Ricardo Arruda (MDB) que concede a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman” à ministra dos Povos Indígenas, deputada federal Sônia Guajajara. A data para entrega da maior honraria concedida pela Casa do Povo ainda será definida.

Entre outras coisas, o parlamentar destacou a trajetória da ministra maranhense como uma pessoa que venceu por meio do estudo. "Uma mulher indígena de origem humilde nascida na aldeia Arariboia, no interior do município de Amarante. Com esforço próprio e por seus méritos, ela estudou, formou-se em Letras e fez pós-graduação em Educação Especial. Ou seja, ascendeu por meio da educação e se tornou uma liderança de projeção internacional", frisou. 

Ricardo Arruda também ressaltou a biografia da ministra Sônia Guajajara, que alcançou notoriedade a nível nacional e internacional. "Essa notoriedade no Brasil veio acontecer do ano passado para cá. No entanto, internacionalmente, ela sempre foi respeitada e participou de diversos fóruns em outros países, sendo uma voz atuante em defesa do meio ambiente e das populações indígenas. Logo, é uma personalidade admirável e bastante influente que merece receber essa importante honraria", frisou.

Biografia

Nascida na terra indígena Araribóia, no município de Amarante (MA), em 1974, Sônia é do povo Guajajara/Tentehar. Filha de pais analfabetos, aos 15 anos (1989), ela recebeu ajuda da Funai para cursar o ensino médio em Minas Gerais. De volta ao seu estado de origem, em 1991, desafiando as estatísticas, formou-se em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e, em 2003, em técnica de Enfermagem. Já em 2005, fez pós-graduação em Educação Especial.

Sua militância indígena e ambiental começou ainda na juventude, nos movimentos de base, e logo chegou ao Congresso Nacional, onde foi linha de frente contra uma série de projetos que retiravam direitos e ameaçavam o meio ambiente. Em poucos anos, ganhou projeção internacional pela luta travada em nome dos direitos dos povos originários.

Em 2022, recebeu destaque como uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time e com os mais de 150 mil votos válidos foi eleita deputada federal pelo Estado de São Paulo nas eleições do mesmo ano.

Este ano, foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou posse como ministra dos Povos Indígenas do Brasil.

 

 

 


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