17/10/2023 18h27

Programa ‘Contraplano’ debate o fenômeno das mudanças climáticas

Convidados são o supervisor de Emergência Ambiental da Sema, Caco Graça, o meteorologista Márcio Elói e a bióloga Karina Penha, do Movimento Amazônia de Pé

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Agência Assembleia
Programa ‘Contraplano’ debate o fenômeno das mudanças climáticas
Caco Graça, Márcio Elói e Karina Penha com o jornalista Fábio Cabral durante o programa

O programa ‘Contraplano’ desta terça-feira (XX), na TV Assembleia, debateu o fenômeno das mudanças climáticas. Para a conversa sobre o tema, o jornalista Fábio Cabral recebeu o supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), Caco Graça; o meteorologista Márcio Elói, do Núcleo Ambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), e a gestora de mobilização do Movimento Amazônia de Pé, bióloga Karina Penha.

Ao longo do bate-papo, os entrevistados falaram como o fenômeno das mudanças climáticas impacta no planeta e na vida das pessoas e o que está sendo feito para enfrentar essa situação.

Caco Graça esclareceu que mudanças climáticas são efeitos sentidos pelo homem decorrentes de uma série de fatores, que podem ser desde apenas a questão da temperatura, mas que vão impactar regime de chuvas e na disponibilidade hídrica.

“É um tema bastante complexo, que tem causas complexas, mas que precisamos conhecer e entender. Pode ter uma certa resiliência passar por esses fenômenos, que têm uma conotação global, mas que atingem localmente de forma diferente. E cada um precisa se adaptar a isso e atuar no sentido de minimizar os seus efeitos e causas”, complementou.

Onda de calor

Para Márcio Elói, a onda de calor que assola no Maranhão é resultante de muitas variáveis como, por exemplo, o El Ninho e o bloqueio atmosférico. “As mudanças climáticas intensificam essas ações cíclicas”, afirmou.

Karina Penha observou que o clima é um dos maiores desafios da geração atual. “As mudanças climáticas afetam todo mundo, mas nem todos da mesma forma. O clima não é só uma pauta ambiental, mas uma pauta social, econômica e urgente. Estamos vivendo uma crise climática. E precisamos pensar em soluções a curto, médio e longo prazos”, ressaltou.

Iniciativa popular

Karina Penha falou sobre o Movimento Amazônia de Pé, que desenvolve atividades no país inteiro no sentido de construir uma maioria nacional na defesa do clima eapresentar um projeto de lei de iniciativa popular para o setor. 

“Temos trabalhado mobilizações, campanhas e programas. Queremos construir uma maioria climática com a compreensão de que o que acontece na Amazônia não fica lá, repercute no Brasil inteiro. Nosso principal objetivo é a criação de um projeto de lei de iniciativa popular, propondo a proteção das florestas públicas da Amazônia,que compõem uma área de 57 milhões de hectares, com a destinação desse território para as populações indígenas, quilombolas, pequenos extrativistas e unidades de conservação.  Para isso, precisamos mobilizar um milhão e meio de pessoas”, esclareceu.

Desafios

Caco Graça explicou que a terra vive ciclos que têm uma idade diferente da idade do homem. “A questão é que, agora, eles estão se apresentando em curto espaço de tempo e encontrando um ambiente diferente. Isto faz com que os efeitos, que são naturais, sejam potencializados em razão da falta de infraestrutura e do contingente populacional. Associado a isso, a gente tem a exploração econômica de forma irregular e algumas práticas que são milenares e que, hoje, precisam ser repensadas, como a agricultura de corte e queima”, destacou.

Karina Penha ressaltou que, atualmente, devido às grandes catástrofes naturais que vêm ocorrendo, as pessoas têm associado esses fenômenos às mudanças climáticas. 

“As pessoas estão conectadas com isso e preocupadas. Mas, o tema mudanças climáticas ainda está muito restrito a uma determinada parte da população. Temos que entender que o clima é um efeito específico que aumenta as desigualdades sociais. Precisamos falar de clima na compreensão de que é uma questão política, de indústria e de desenvolvimento sustentável. Devemos buscar a justiça climática, que é a forma que a gente insere os direitos humanos dentro da pauta ambiental”, acentuou.



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